Foto de Nihal Demirci Erenay na Unsplash Pensei em te estender a mão e convidar-te a um abraço enquanto caminhávamos em passo lento No entretanto distraí-me na doce melodia que me encantava nesses acordes já não era só um abraço era mais Eu contigo dançava ao ritmo da valsa do teu manear sem ser esse teu jeito atrevido mas muito sensual acompanhado por cada palavra por ti recitada eu dançava Contigo dançava soltava-me de meus passo trôpegos do meu jeito sem ritmo em que as pernas me prendem e os braços gesticulam movimentos envergonhados Era isto que eu sonhava enquanto pela rua caminhávamos segurar tua anca e tua mão enquanto me absorvia, radiante no teu sorriso em cada verso teu que me enfeitiça A rua só para nós e se dançava sob a chuva ou no calor que nada mais é do que provocador sentir-me a arrepiar da tua carícia em me abraçar dançava e dançava e dançava
Photo by Sven Mieke on Unsplash É esse teu olhar em ocaso de encontro que provoca forte vibrar no coração embriaga a voz que a faz engasgar e provoca um aceso forte tremor Esta é a realidade que atormenta. Será mais simples ver-te em sonho e ser como herói de capa esvoaçante controlar o meu olhar O sonho é que acalenta. Embora seja realidade efémera até ao despertador renuncio Só para ficar a sonhar Nesse encontro de desejo arrebatador
Escultura de Auguste Rodin (1892) Dar um beijo um beijo lento com tempo o beijo que arrepia E mil beijos em ti exploradores quentes e lentos e o momento torna-se infinito Mil beijos não bastam no arrepio que reclama o toque a língua que desliza Sentir cada milímetro o teu relevo suado olhos fechados para descobrir Ouvir teus gemidos de calor dois corpos ajustados Abraçar afagar os cabelos escorridos teu corpo torcido Um grito um beijo lento e, por fim, o silêncio
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