A Razão [...]

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Se tiver que definir a razão,
prefiro então colori-la
do que gastar lápis a descrevê-la.
Não por ser difícil ou fácil,
só porque me deixaria mais alegre,
distraído da dificuldade
que é entender se tenho razão.

Em sete lápis pegaria,
sete cores alegres, divertidas.
Com o primeiro definia o início
e, em arco, marcaria o fim.
Os outros todos acompanhariam
Juntinhos,
em arco, do início até ao fim.

Assim, num ápice, pintava o arco-íris.
Daqui para lá e de lá para cá.

Estranho, que uma e outra vez olhava,
já sem perceber
porque só via o princípio e seu fim
sem nunca o conseguir alcançar.

Diz-me, então, a Razão, por fim,
em segredo:
- Não desistas de procurar
e um dia, sem esperares,
o meu princípio vais encontrar.

(© Todos os direitos reservados)

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