O pião que não pára de girar
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Quando pião gira desenha um mundo
Descreve na sua dança o relevo da serra
O desenfreado movimento citadino
Numa praça da aldeia
Junta petiz e graúdo
Na sua dança há quem assista
E outro que o lança
Vai o graúdo que o tenta apanhar
O rebelde girador
Foge o malandro, redopiador
Apanhar é que não te apanho
És livre e desafiador
Volta a rodar e a dançar
E um dia vou-te agarrar
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