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A mostrar mensagens de fevereiro, 2022

Odeio P...n!

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Photo by Tina Hartung on Unsplash Há dias irracionais Alimentados por líderes irracionais Dias que fazem perder o sentido da vida Em que ficamos revoltados, abismados, preocupados Ver tanto Ser a sofrer Pela mão de um beligerante cleptocrata Como um Ivan, O Terrível que Friamente Despreza a vida da Humanidade Nesta guerra, como em outras, ninguém vai ganhar Quando sempre se assiste ao Homem morrer Sem saber porquê Pelas mãos cegas, ensanguentadas De vil mandatário Só porque odeia a liberdade E deseja estabelecer a paranoica hegemonia Não se percebe este tamanho ódio E a obsessão de anexar Fixado em dogma ultrapassado Sem se importar com a dor que vai provocar (© Todos os direitos reservados)

Não há Glória na Guerra!

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Fonte: https://br.freepik.com/fotos-premium/conceito-de-paz-agora-para-a-ucrania-e-a-russia-renderizacao-3d_18368153.htm Que glória é que pode haver numa guerra que ninguém consegue compreender, em ser estilhaço de carne e ser Homem enviado para abate? Haverá glória onde não há ética nem moral numa decisão esquizofrénica? Haverá glória por descobrir num tremendo acto de agressão que de forma tão vil decide friamente mandar disparar canhão? Quem é que descortina glória ou até heroísmo esconder atrás de insígnia e por fim a toda a vida? É terrível É bárbaro Este acto que saca a liberdade e destrói a Humanidade 

Da Cidade [ou] Campo©

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Photo by Jack B on Unsplash Cidade é muro, muralha, é sombra É espaço mitigado de desejo Em excesso de velocidade no festejo É trabalhar, apressar, dormir O campo é inspiração de sentimento É a liberdade de expressão No cantar do grilo, no voo do pássaro É  apreciar, desejar, sonhar Cidade é energia consumidora Arrebatadora do fôlego da vida O campo é vasto criador É força de vida purificadora (Todos os direitos reservados)

O Inverno em Nós

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Picture by Isabel, 11 anos Não se vê alegria Nesta dura realidade Em cada rua desta Cidade Faces ocultas e fechadas Entre sussurros sob beirais Que não abrigam mais Os doces acordes de baladas Abrigam-se neles corpos inertes De mentes que não se advinham ilusão Deixados ir no turbilhão Na corrente de outros tempos Esforçam-se em disfarçar tragédias De tantos pesados dias Fixos de olhares distantes, dispersos Procuram, como animal esfomeado A sobrevivência dos ocultos desejos Terminado o dia, o penal sacrifício Na cidade deste Inverno Em tudo se mantém o silêncio (© Todos os direitos reservados)

A Imaculada Tela ou a Incapacidade de Pintar

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Picture by Isabel (11 anos), Study of Art Devo ter sido mau aprendiz, tenho dificuldade em saber como pintar a imaculada tela, emoldurar e dizer que é dom meu. Ou são os meus olhos, que tanto tempo encerrados já não vejam o que desenhar Ou as minhas pesadas mãos,´ que tanto tempo prisioneiras, já não há sensibilidade nelas Ou então todos os meus sentidos que de tanto embriagados estão duvidam de tão intensa paixão 

Memórias

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Auto retrato Ao se cruzar memórias Há algo de prodígio na descoberta Razões, que em outros momentos, em vão  Faziam andar caminhos estendidos  Em retorno ao ponto de partida Sem transitar em para sonhos Entretanto, todos os espaços de memorias São a aurora das descobertas  Que afastam o breu véu cerimonial (esse curto horizonte de momento)  O desembrear de novas imagens  A aleluia do advento de novas memórias 

Sinónimo de Estar Sozinho

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Picture by Isabel, 11 anos es¦ta¦r so¦zi¦nho 1. É ter a mente em silêncio num escuro quarto retirado em gestos frágeis de movimento provocados pelo arrepio de repetido frio.  2. É ter pensamento adormecido fixo em projecção de destino 3. É espaço intensamente intrincado reduzido ao vaporoso sopro ao nebuloso descontentamento. 

Vale Meu

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Picture by Sophia Wild,  Atração e Fuga do Abismo Era um vício inalcançável por algo Disfarçado pelo engano do tempo Tenho agora o que não via A obsessão do verde vale resplandecente Numa vontade antes omitida Afastada por um rio cadente Deixou de ser sentimento em falta Para me trazer de regresso Agora que deixei temer a corrente do rio Existem margens em todo o vale Mas só um porto de abrigo me interessa Não há receio que me assalta No verde vale resplandecente Que me entrelaça nos vigorosos ramos E esbatesse a expectativa dos dias Para reforçar o suave sabor do momento