A Visita... Autobiografia
Hoje, como tantas outras vezes, fiz-te uma visita E, como tantas outras vezes, não estavas Insisto neste desejo, estar aqui, ao pé de ti Mas, como tantas outras vezes, fico só aqui A olhar para a porta, a aguardar que a abras E, aí sim, corro logo para teus braços Sei que nunca mais irá ser assim, contigo aqui Duvido da minha capacidade mental Em acreditar que algum dia não teremos um monólogo Já não é esperança, nem desejo ou saudade É angústia da minha incapacidade De ser e ter o horizonte raiado pelo sol Mas, como tantas outras vezes, volto a ti A algo que já foi e não devia ter fim Que me elucides, esclareças, me orientes Raio de amarra que me prende e teima em não soltar Estar aqui, como outras tantas vezes, à espera de ti