Cair da folha, Rebentar da folha


Reúne-se tudo à minha volta
Com um espasmo de alívio
Com um desejo sentido
Mas um sopro de momento basta
Ficar só numa nudez desconfortante
Desconcertante, desafiante
Abandonar de vez o que tudo trazia à minha volta

Deixar fugir a cor que animava
A cor que tanto desafiava
Com uns pingos convencidos
E cópia de outros repetidos

Uns fogem
Outros não vêem
E outros se escondem
Já ninguém me quer

Mas numa luta abismal
Entre o breu e o raio dourado celestial
O azul profundo aparece
Como um abraço quente que enrijece
De novo o verde aparece
E tudo à volta torna a reunir
Para voltar a sentir, sorrir e compartir

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