A Muralha... Minha
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Habito em lugar amuralhado
Velho, antigo, conservado,
de futuro marcado a lento passo,
com ruas e vielas de pouco espaço
Em montras manequins de madeira
de expressão solene reticente
Não falam e nada têm em mente,
há espera de que abram a algibeira
Carreiros feitos de isento arraial
sem atrever de agredir o silêncio
na magnânima esfinge divinal
em receio lampeiro para não acender pavio
Lugar imaleável, isolado
de quem esqueceu que corre o rio
e avistar o que vai além do compadrio
se fixa em café de paleio melado
É lugar curto e amuralhado
com tanto sentimento apertado
Este espaço gravado de granito
onde eu habito
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