Um Dia, Na Esplanada



"Nunca mais te falarei!"
Disse - ele - todo convencido em certeza fácil,
entre um refresco e a sombra agradável
numa esplanada à beira do rio.
Parecia - a ele - um discurso ágil,
adequado ao calor sentido e o momento inevitável,
a facilidade dessas três palavras
tão simples e imediatas da mensagem
que não podiam resultar em engano.
Estava - ele - convencido que tinha essa blindagem.
Cedo apercebeu-se, a bebida aqueceu
e a ausência, prematura, do calor,
esse discurso ágil era mentira indesejada,
arrastada, da esplanada, pelo rio em corrente.
Quando - ele - da sua ausência se fez sentir
e que a razão no engano o fez cair,
nunca mais voltou à esplanada,
nem a esse rio.
Para evitar ouvir:
"Nunca mais te falarei".

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