Filhas...
Criança minha, ar que eu respiro, meu espaço, amarras do meu amanhã Liberta-te, expande-te, sai desse retiro Não temas, tu és a corajosa titã Ladrilho a ladrilho que seja percorrido Acredita! Que descalça não irás, nem de mão desocupada, nem ausente de apelido... Confia no teu reflexo, no teu sorriso sem mentiras Confia no teu caminho, no objetivo destemido Tens aqui um escudo, soldado da tua trincheira Não temas, criança minha, valente sonhadora Acredita, terás caminho protegido Terás sempre à frente arma corajosa Na retaguarda força vigorosa Criança minha, meu espaço, calor no Inverno De cabeça erguida, não haverá besta maliciosa Nem ave negra invejosa